No dia 15 de maio desse ano aconteceu na cidade de Cruz das Almas o I Seminário Cidadania e Diversidade realizado no Auditório da Pós-Graduação da UFRB uma parceria entre o Grupo LGBT Omni de Cruz das Almas e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Na época não tive a oportunidade de registrar nesse blog o meu agradecimento à Elizangela Gomes (presidenta do Grupo OMNI) pelo convite a mim direcionado para participar do evento (como representante do Coletivo Feminista Marias e da União da Juventude Socialista-Salvador) contribuindo com a mesa de discussão, infelizmente, por motivo de trabalho, não pude ir prestigiar o seminário, mas deixo aqui registrado agora o meu agradecimento pelo convite e a todos os membros do Grupo OMNI por terem recebido a Logo desenhada por mim para ser o símbolo do Grupo OMNI, espero que ela traga boas energias para que a caminhada desse grupo tão sério em suas lutas. As seis argolas com símbolos do feminino e do masculino assim organizadas na ilustração abaixo formam a multiplicidade que é a sexualidade, multiplicidade que pode e deve conviver na devida harmonia, a violência está no desrespeito a essa multiplicidade sexual. Lembro que ao receber o convite de Elizangela Gomes fiquei um tanto tensa e nervosa por não saber como e o quê falar na mesa como palestrante, me imaginei perdida em meio a palestrantes como Olívia Santana (PCdoB-Salvador) uma pessoa a quem admiro, senti-me incapaz de fornecer informações claras a respeito de sub-temas como violência contra homossexuais, então comecei a puxar pela memória nas muitas vezes em que tive o rosto apontado no ginásio, na humilhação que sentia ao ouvir comentários homofóbicos no colegial, na tristeza silenciosa que é ter que lutar por um espaço dentro de meu próprio lar e ter a obrigação de provar minha capacidade intelectual,... Penso que para um homossexual/bissexual/polissexual/transexual, dados estatísticos sobre homofobia servem apenas para ilustrar páginas de jornais e revistas e/ou ocupar lacunas nos noticiários televisivos, e talvez essa minha opinião bastante pessoal seja radical o bastante para ser exposta dessa forma tão pública, mas pra mim o que conta de verdade é a forma como sou cobrada ao acordar, é como irei reagir hoje ao sair de casa tendo que agüentar todos os dedos sendo apontados para mim, é como irei digerir tais comentários violentos na universidade,... Não sou tratada com a mesma poesia que meu semelhante trata alguém heterossexual, e isso sim faz diferença no meu dia de vida, penso que a poesia é tão universal, é um “bom dia” de Sol. Talvez, o que devesse levar para mesa de discussão fosse resumida em uma pequena frase “Ao acordar, receba o Sol com os braços abertos e seja feliz! O que vier de bom depois, é lucro!”
Aproveito o espaço para agradecer também aos palestrantes convidados: Olívia Santana (PCdoB - Salvador), Rafael Carvalho (GLICH - Feira de Santana) e Beth Silva (PT - Salvador).
Aproveito o espaço para agradecer também aos palestrantes convidados: Olívia Santana (PCdoB - Salvador), Rafael Carvalho (GLICH - Feira de Santana) e Beth Silva (PT - Salvador).
VAMOS ENSINAR NOSSO POVO A SER HUMANO!!
Texto de Priscila Pimentel