Havia uma equipe de professores nordestinos no Serviço de Extensão Universitária da Universidade Federal de Pernambuco. Alguns deles eram também gente do Movimento de Cultura Popular do Recife, o primeiro que se fez no Brasil, na aurora dos anos 60. Na aurora do tempo em que, coletivamente, pela única vez alguma educação no Brasil foi criativa e sonhou que poderia servir para libertar o homem, mais do que, apenas, para ensiná-lo, torná-lo “doméstico”.
(BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é método Pulo Freire / Carlos Rodrigues Brandão. – São Paulo : Brasiliense, 2008. –Coleção Primeiros Passos ; Um dia, perto de angicos; p.17)
(BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é método Pulo Freire / Carlos Rodrigues Brandão. – São Paulo : Brasiliense, 2008. –Coleção Primeiros Passos ; Um dia, perto de angicos; p.17)
Creio que o que podemos identificar como educação está além de argumentos e teorias transmitidas em centros educacionais por educadores de microfone que mal sabem os nomes de seus alunos. A educação caminha sem a falta de cobranças, as escolas e universidades não mais germinam a consciência crítica em seus alunos, e a sociedade assume, em sua maioria, uma posição omissa, e as universidades precisam tomar conhecimento real disso e não apenas fazer “protestos publicitários”.
A revolução na educação deve partir da consciência pública, e deve, claro, assumir questões mais amplas como a falta de estruturas nas salas de aula, o mau pagamento aos professores,... A educação não possui roteiro, criatividade, planejamento, “...é uma grande fogueira de vaidades, os professores lutam por posições e cargos...”(programa Canal Livre, domingo 22/11/2009)
As universidades precisam ser menores, mais centradas e concisas. Educação não é comércio. O conhecimento vem de dentro, a realidade de cada pessoa, segundo Paulo Freire, deve ser utilizada como instrumento para sua alfabetização, pois essa realidade lhe é íntima e não corre o risco de causar estranhamento, o aluno deve se sentir cativado pela descoberta do conhecimento, contudo, existe uma deficiência muito relevante de educadores preparados para lidar com esse tipo de público.
Texto de Priscila Pimentel