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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

TEXTO 9

Através de perguntas de Freud a esse interlocutor (que os biógrafos, mais tarde, provaram tratar-se do próprio Freud), impôs-se a conclusão de que aquela fantasia, particularmente inocente e quase elegíaco-pastoril (visto tratar-se de um buquê de flores amarelas, do sabor inesquecível de um pão que uma camponesa repartia entre crianças) na realidade era um condensado ressignificado de fantasias eróticas (deflorar a menininha, que remetia a uma adolescente amada pelo jovem Freud, e cujo vestido tinha a mesma cor das flores) e de “ganhar a vida” (o pão de cada dia) assim, oriundas de épocas diferentes da vida, como pertencendo a estratos geológicos que se sobrepõem. Portanto, aquela lembrança era uma ficção.
(RESGATE; revista de cultura do Centro de Memória – UNICAMP Campinas, 1991 – n 3.)

Visto que a memória realiza-se pelo conjunto e variáveis aspectos conhecidos do consciente e pré-consciente, analisamos a memória por uma ciência que pode ser construída intencionalmente por desejos ou que ocasionalmente surgem como “fantasmas” oriundos de medos ou experiência vergonhosas para nos atormentar. Considerando Freud uma importante referência para diversas áreas do conhecimento, absorvemos tal fato ocorrido com ele como exemplo preferencial para abordarmos demais fatos da memória de todos, evidentemente, adaptados a cada realidade particular, pois o processo é similar. A memória quando construída torna-se a fantasia ideal desprovida de erros e composta de energias boas e sensações prazerosas disponíveis para serem ativadas quando solicitadas a fim de proporcionar atividades mais estruturadas com uma maior chance de obter acertos.
Texto de Priscila Pimentel

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