No último dia 11, Salvador foi palco do IV Ciclo de Debates sobre Políticas Culturais. Realizado pelo Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT) e o Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PÓS-CULTURA), em parceria com o Conselho Estadual de Cultura (CEC) e a Associação de Professores Universitários da Bahia (APUB), o evento contou com cinco mesas-redondas temáticas: A cidade como fenômeno cultural na contemporaneidade; Cidade e patrimônios culturais; Políticas culturais para as cidades; Políticas urbanas e cultura; e Diversidade e culturas urbanas. Entre os convidados palestrantes estava Valdina Pinto (CEC), que comentou sobre a destruição dos patrimônios naturais, e a falta de incentivo e investimento, e principalmente interesse a pesquisa de levantamentos históricos para um bom planejamento urbanístico, e reforçou a questão da cidade como símbolo de tradições espirituais que não devem ser mexidas sem o devido respeito; No terceiro dia de debates, Paulo Ormindo (IAB-CEC) tocou em assuntos polêmicos como a questão do metrô, do Aeroclube, a Praça da Sé e o Terreiro de Jesus; Na quarta mesa-redonda, Paulo Henrique Almeida (SECULT) falou sobre Salvador ser uma cidade sem políticas econômicas próprias, e que precisa exportar cultura (sair do artesanato cultural e partir para a Cultura criativa); Na última noite do evento, Eneida Leal Cunha (UFBA) citou o Racismo e a Homofobia como problemas de cultura e que devem sim fazer parte do sistema de Políticas Culturais, em seguida o público assistiu a uma emocionante defesa de idéias da literatura como cultura inexistente na Bahia, segundo Ruy Espinheira “...o brasileiro está acostumado com o auto-desprezo, a auto-humilhação,... A globalização da mediocridade!”, o mesmo ainda afirmou que “ A cultura é uma necessidade humana, e não uma meracidade acrescentada à natureza humana.”. A mediadora dessa mesa foi Ana Célia (UNEB-CEC).
texto de Priscila Pimentel
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