Essas imagens abaixo fazem parte de um ensaio sobre a região do Dique do Tororó (Salvador-BA), ensaio esse que rendeu um relatório que consistia de todo o processo de criação de uma fotografia, analógica e/ou digital em área livre para o aprendizado do manuseamento de uma máquina, e a análise das fotografias observando questões como a fotometria e equivalências entre sensibilidade do filme, controle do obturador, abertura do diafragma, iluminação natural, luz direta e indireta,... Um relatório técnico e artístico levando em conta todo o processo de revelação do filme ISO 100 QUALITY de 36 poses.
Dentre as várias sugestões, o local escolhido para esse estudo prático foi o Dique do Tororó, uma lagoa artificial localizada no centro da cidade, margeado pelas avenidas Presidente Costa e Silva e Vasco Gama que ao Sul convergem para a avenida Centenário e o Vale dos Barris, cercado pelo bairro do Tororó em sua margem esquerda, pelo bairro do Engenho Velho de Brotas em sua margem direita, ao Norte pelo Estádio Octávio Mangabeira, conhecido por Fonte Nova, e, ao Sul, pelo bairro do Garcia.
O Dique do Tororó foi construído pelos Governos Gerais entre o final do século XVII e o meado do século XVIII como defesa complementar dos limites de Salvador e também para demarcar o limite norte da Cidade Alta da então Capital do Brasil. Contudo, o que vemos do Dique hoje não chega à 1/3 de seu tamanho original pois grande parte de sua área precisou ser aterrada para que a cidade suportasse o seu crescimento.
Executada durante o governo do vice-rei e Capitão General de Mar e Terra do Estado do Brasil, D. Vasco Fernandes César de Meneses, dentro do plano de fortificação de Salvador. Este projeto havia sido elaborado em 1714 pelo Capitão de Engenheiros francês Jean Massé, que após as invasões do Rio de Janeiro por corsários franceses em 1710 e em 1711, por determinação do rei D. João V.
Hoje o Dique do Tororó, após grande reforma de revitalização, conta com uma infra estrutura moderna com recapeamento asfáltico, sistema de drenagem pluvial, sistema de iluminação cenotécnica, quiosques de apoio, lanchonetes, restaurantes, praça de eventos, palco, fonte luminosa, calçadões, sanitários públicos, pista de cooper, píer para pesca, raias para remo, clube náutico, equipamentos de ginástica e playgrounds, é mais uma opção de laser para as famílias nos finais de semana.
O fator do perigo era uma constante para a nossa equipe, importante deixar registrado isso, pois o local escolhido é de grande movimentação entre jovens infratores, uma área até marginalizada por muitos que a conhecem.
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Nesta fotografia foi utilizada fotometria 40 e diafragma 4.5.
Observamos que se trata de uma funcionária da limpeza do Dique carregando um saco provavelmente de lixo. O cinza de sua roupa casa-se perfeitamente com o preto do saco, ambos são enquadrados pelo gradio de proteção do dique, contudo o preto apesar da iluminação natural em sua superfície lisa plástica nada mais é que uma grande mancha rígida que dialoga com o azul da estampa da roupa, também uma imagem rígida e em lago oposto, o que gera um equilíbrio sendo que todo o movimento está na água do dique retratada ao fundo, bastante iluminada, e o chão com um corte triangular.
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