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quinta-feira, 31 de julho de 2008

Estudo com modelo vivo

Embora na contemporaneidade tenha diminuído o interesse pela pintura com modelo vivo, essa atividade ainda desperta muito interesse e admiração pelo esforço e concentração que lhe é exigido, além do profissionalismo com o modelo. Esse tipo de pintura ajuda a desenvolver a capacidade de percepção de volume, espaço e leitura visual num exercício de perceber toda a tridimensionalidade da pessoa e recria-la no bidimensional deixando clara todas as suas características que a definem em particular. O desenho com modelo vivo requer um conhecimento de anatomia humana.
Esse trabalho acima em particular exigiu apenas 1:30h, porém costuma durar entre 3hs e 4hs.

por Priscila Pimentel


terça-feira, 29 de julho de 2008

A cultura é indispensável, a erudição pode ser alimentada por uma boa leitura de textos específicos; a cultura é a resultante da informação assimilada que, junto com tudo o que a genética nos dá como herança, produz novas relações, novos encadeamentos, uma criatividade que não necessita ser totalmente original mas que, através da interpretação da própria informação herdada, pode levar a resultados positivamente imprevisíveis.

RATTO, Gianni. Antitratato De Cenografia;
Variações sobre o mesmo tema. Pág.37

domingo, 27 de julho de 2008



Essa é a pequena Nóli, uma personagem que criei para ser a mascote do movimento feminista Marias. Nóli é uma jovem militante feminista de 18 anos envolvida também com a causa ecológica e cultural. Quem quiser conhecer mais o trabalho que o movimento Marias realiza, é só acessar o blog http://www.coletivomarias.blogspot.com

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Não há beleza no mundo que se compare a ti
Seu meio olho de Lua
Donzela, Mãe, Anciã-Mestra
Deusa dos templos e templários das florestas
Que do orvalho surge, e do pomar ressurge
Seu tempo é seu instrumento
Donzela, Mãe, Anciã-Guia
Me visto d’um ouro branco
Sua voz está em meus prantos e cantos, encantos
Figura sublime de paz e amor
Amor a ti...
Donzela, Mãe, Anciã das Sombras
Sombra clara, sombra guia
Sombra mestra das chuvas e tempestades
Que cobrem meu corpo nu deitado nas rochas frias,
Nas rochas escuras da noite que paira em meus pensamentos.


por Priscila Pimentel

sexta-feira, 18 de julho de 2008



Esse trabalho de arte digital partiu de uma fotografia realizada pela artista plástica Karla Rúbia na famosa ponte de São Félix (região do recôncavo da Bahia). A imagem foi trabalhada juntamente com o desenho dessa rosa feita por mim com caneta esferográfica comum. O efeito ficou super interessante e eu o repeti em outras 2 colorações.



segunda-feira, 14 de julho de 2008

Esse desenho foi feito sob encomenda para uma amiga.
- Nanquim e computador.




sábado, 12 de julho de 2008

Belas Artes, Artes Plásticas, Arte Visual

Uma mesma modalidade expressiva pode comportar diferentes poéticas, diferentes modos de fazer. A questão dos nomes que se referem, atualmente, à Arte Visual, não trata apenas de nomenclatura, mas de concepção. É o caso da Arte Visual, antes Belas Artes e Artes Plásticas. O termo Belas Artes se refere ao modelo de ensino acadêmico que vigorou no século XIX, por sua vez, baseado no modelo clássico de origem greco/romano que inspirou o surgimento de diversas Academias de Arte na Itália, em outros países da Europa e, depois, na França de Napoleão que marca a origem desse ensino no Brasil. Antes, o ensino de arte era realizado nas Guildas, antigas corporações de artesãos, oriundas da Idade Média, que tinham por meta organizar os interesses de seus artífices quanto ao domínio e qualificação do seu fazer e valoração dos trabalhos que realizavam. Depois das Guildas, as primeiras academias de ensino artístico surgiram no Renascimento na Itália. A primeira delas foi a Accademia di Disegno de Giogio Vasari, em 1562 em Florença; depois a Academia dos Carracci, Annibale, Agostino e Ludovico, em 1585, em Bolonha e a Accademia di San Lucca, de Frederico Zuccari, em 1593, em Roma. Para entendê-las, é preciso falar sobre seu processo de ensino: a pratica pedagógica dessas academias era baseada em um sistema rígido de ensino que tomava como base a cópia de modelos em gesso de esculturas greco-romanas, o desenvolvimento de estampas e ornatos, além de estudos de anatomia e modelo vivo, desenho geométrico e perspectiva, além de filosofia e história. A meta desse ensino era, de um lado, a aproximação com os mestres clássicos do Renascimento italiano como Rafael, Michelangelo e Botticelli, por exemplo, por outro uma tentativa de criar um aparato técnico intelectual que tirasse a arte do contexto do mero artesanato. Em 1664, em Paris, é criada a Académie de Peintre et de Sculpture que tenta romper com o modelo de ensino anterior. Nela, a associação livre, dava a cada um dos participantes iguais direitos e não se submetiam a um mestre em especial, como era o caso das academias tradicionais. Com a ascensão de Napoleão ao poder, esta academia passa a ser uma escola de Arte oficial estatal, muda suas diretrizes e o nome de Academie Royale des Beux-Arts para École de Beux-Arts de Paris. Dessa escola é que vêm os professores da Missão Artística Francesa, trazida em 1816 por D.João VI, cujo trabalho culmina na criação da Academia Imperial de Belas-Artes, em 1826, no Rio de Janeiro, depois chamada de Escola Nacional de Belas-Artes a partir da proclamação da república. Essa escola foi a matriz das demais escolas de Belas Artes que surgiram por todo o país propagando aquele modelo extemporâneo de ensino. Hoje, o prédio daquela escola, no Rio de Janeiro, abriga o Museu Nacional de Belas Artes. O belo foi sempre um valor artístico de referência para a arte de tradição clássica, desde os gregos, cujo valor era antes da ordem do ético tanto quanto o bem. O bem, enquanto valor moral tornado valor para a arte, encontra sua reciprocidade no belo, tomado como valor idealizado, portanto, de beleza, seguido por outros termos valorativos como o bonito, o agradável, o harmônico, o gracioso etc. Portanto, falar em Belas Artes, faz-nos falar em tradição clássica, em academia e recuperar valores que, nem sempre, fazem o perfil da arte na contemporaneidade, diríamos ser um termo anacrônico. Quanto ao conceito de Artes Plásticas, vamos começar pelo termo plástico que tem origem no plastikós grego, cujo sentido se refere aos procedimentos de modelagem da argila. Podemos aceitar, então, que o termo plástico tem por propriedade se referir a tudo que dependa de manipulação, da ação manual exercida sobre um dado material que seja capaz de transformá-lo em substância expressiva dando-lhe forma e sentido. Logo, todos os materiais que suportem intervenção a ponto de assumirem novas formas e relações podem ser chamados plásticos. Podemos compreender sob o termo Artes Plásticas, os modos de expressão que tenham como base de trabalho a superfície (ambiente bidimensional) e o volume (ambiente tridimensional), sendo que na superfície podemos falar em expressão gráfica incluindo o desenho, gravura e de expressão pictórica, a pintura; quanto ao volume, podemos falar das poéticas que operam no espaço circundante por meio dos volumes, como a modelagem a escultura, montagens ou assemblages. Um aspecto importante para o entendimento do que é Plástico, é compreender que o exercício pragmático da criação depende também do domínio de habilidades motoras para o manuseio de certos instrumentos e ferramentas na relação com os materiais e suportes. Nos trabalhos em superfície, como por exemplo, no desenho, há que se dominar o uso do lápis ou da caneta, na pintura, há que se dominar o uso dos pincéis e das tintas; na gravura dos instrumentos de corte e incisão para gravar matrizes em madeira (xilogravura), no metal (gravura em metal) ou na pedra (litogravura), além da necessidade de conhecer os meios de impressão. Nos trabalhos em volume há que se dominar habilidades, técnicas, instrumentos e ferramentas para a modelagem e o corte na escultura propriamente dita. Cada um dos modos de fazer implica em técnicas, habilidades e concepções diferentes umas das outras, segundo cada uma das poéticas em que a expressão se dará. É comum a utilização do plural Artes Plásticas, embora o singular Arte Plástica fosse mais adequado segundo a linha de raciocínio que assumimos desde o início. Mas, por força do hábito, vamos manter a grafia como Artes Plásticas. Se pensarmos que chamamos de Artes Plásticas às obras que são produzidas no domínio das habilidades motoras, materiais e instrumentais como vamos chamar aquelas que se faz sob o domínio de aparelhos que não exercem uma ação direta sobre a matéria e não se utiliza de instrumentos ou ferramentas específicas? Quando surge no campo da Arte outros modos de fazer que não aqueles tradicionais é necessário também encontrar um outro modo de nomeá-los, caso contrário, fica difícil entender sua procedência e suas diferenças constitutivas. O primeiro desses modos a surgir foi a fotografia. A fotografia, embora tivesse alguma semelhança com o desenho, a gravura ou pintura, não é nenhuma delas. A fotografia é produto de um aparelho ótico cuja imagem é registrada num suporte químico pela luz e depois processada quimicamente, passando a existir num suporte plano como num negativo, num diapositivo ou numa cópia. Sabemos que os desenhos, gravuras ou pinturas são produtos das habilidades manuais dos artistas que operam diretamente sobre os materiais cujos registros são os mesmos materiais em que ele inscreve diretamente as imagens que cria, como no papel, na tela ou na madeira. A fotografia, por sua vez, não depende da ação manual do produtor, consequentemente, não apresenta o estilo ou o modo de fazer desse produtor, nem as marcas de suas pinceladas, traços ou gestos. A fotografia é impessoal. As marcas que aparecem na superfície fotográfica são decorrentes das lentes e dos produtos químicos que a constituem e não do autor que a constituiu. Logo, vamos perceber que o termo Artes Plásticas já não dá conta de obras que eram produzidas por meio de aparelhos, assim, passamos a usar um conceito mais abrangente, o de Arte Visual. A idéia de Arte Visual passa a incorporar diferentes poéticas, tanto aquelas que pertenciam ao contexto das Artes Plásticas, quanto as novas imagens oriundas dos aparelhos como os fotográficos, os cinematográficos e suas decorrências eletro-eletrônicas como o vídeo e os sistemas digitais de produção de imagens fixas ou em movimento. O conceito de Arte Visual pode abarcar o conceito de Arte Plástica, no entanto, o conceito de Arte Plástica, não pode abarcar o de Arte Visual.
texto de Isaac Antonio Camargo:
Professor de História e Teorias da Arte,
Crítica de Arte, Percepção Visual,
Estética e História da Arte,Metodologia
da Pesquisa em Arte, Pensamento
Fotográfico, Métodos e Técnicas
para o Ensino de Fotografia,
nos Cursos de:Arte visual,
Design Gráfico, Arquitetura e na Pós-Graduação,
na especializaçao em Fotografia-Práxis
e Discurso Fotográfico e no mestrado
em Comunicação Visual na Universidade
Estadual de Londrina -UEL, Paraná.
Graduado em Desenho e Plástica pela
UNAERP de Ribeirão Preto,SP,
Mestre em Educação pela Universidade
Estadual de Londrina,PR, Doutor
em Comunicação e Semiótica pela
Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo. Além disso,
trabalho com a criação e produção
em arte visual desde 1972.
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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Esse desenho foi feito por mim com tinta óleo sobre bloco trabalhado e depois melhorado no computador. Tamanho A3.
Sou um vento sobre o mar,
Sou uma onda do oceano,
Sou um som do mar,
Sou um cervo com sete cornos,
Sou uma águia em um penhasco,
Sou uma lágrima do Sol,
Sou a mais bela das flores,
Sou um javali em bravura,
Sou um salmão em uma lagoa,
Sou um lago na planície,
Sou um monte dos poetas,
Sou a ponta da lança que dá batalha,
Sou o deus que criou o fogo na cabeça
Quem explica as rochas das montanhas?
Quem pode interpretar as idades da Lua?
Quem sabe onde o Sol se põe?
Quem leva o gado para fora da casa de Tethra?
Quem é o gado de Tethra que ri?
Qual homem, qual deus faz armas afiadas?
Encantação sobre uma lança - encantação do vento?
autor desconhecido

quinta-feira, 10 de julho de 2008

quarta-feira, 9 de julho de 2008

“Nada há, em realidade, mais perigoso para o jovem artista do que uma concepção qualquer de beleza ideal. Vê-se constantemente arrastado por ela, seja para uma boniteza desmaiada ou para uma abstração morta; por isto não deveis, para alcançar o ideal, despoja-lo de sua vitalidade. Deveis encontra-lo na vida e recria-lo na arte.”

[WILDE, Oscar. Obra Completa. Conferência aos estudantes de arte; pág 1038.]