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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

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Fotografia feita por mim de uma das esculturas expostas no Parque das Esculturas do Museu de Arte Moderna da Bahia.
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terça-feira, 29 de setembro de 2009

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CÓRTEX

Depois de muito pensar, tomei a decisão em ir assistir o espetáculo Córtex no último dia 18, primeiramente para prestigiar uma grande amiga que estava no elenco e depois para poder desenvolver minha escrita crítica. Geralmente o que me estimula a querer me deslocar de minha casa até o teatro são um conjunto de fatores como título, cartaz, fotos de divulgação, todos esses elementos que, a meu ver, não me agradaram, não me motivaram, em nenhum momento associei aquele material a um espetáculo teatral, enfim, mas como disse, tomei a decisão em ir conferir. Antes do primeiro sinal, ainda do lado de fora do teatro, o público aguardava pacientemente o espetáculo começar assistindo a performances sensuais dos atores trajados de roupas provocantes e curiosas, todos eles dançando e transitando pra lá e pra cá por entre o público como num brega e o mesmo ritmo continua na sala de apresentação antes das cortinas subirem... Uma pausa... Eis que uma das atrizes se manifesta, diante do público, ela diz coisas, provoca, excita,... Estamos todos nos divertindo na sacanagem gostosa de seu corpo... Ela está lá pra isso! Cortinas sobem, luzes, a música volta, dança, muita dança sensual, é o ritmo das noites, a noite marginalizada pela prostituição, as drogas, vícios de quem não tem nada a perder, mas essa noite tem um único ritmo no palco do teatro em questão, o espetáculo teatral não se permitiu sair das ruas sombrias, a marginalidade da noite está ali crua mas não nua, os atores parecem querer expor os universos complexos que existe dentro de cada personagem dessa noite e ao mesmo tempo que todos possuem uma poética de vida parecidos, eles destacam pontos pequenos o que garante ainda mais a inércia no público que assiste. Talvez essa tenha sido uma das propostas do espetáculo, não sei, sei que quando já estava me acostumando com a idéia de ser expectadora daquele universo separado por mim por uma parede grossa de gelo com um elefante branco ao lado, eis que surge a “Conga Drinks Show” pra me proporcionar muitas e boas gargalhadas, mas... Onde eu estava mesmo?! Me perdi! Bom, tirando o elefante branco, merecem aqui os meus aplausos os figurinos e adereços, o som dentro e fora do teatro, a performance fora do teatro antes do espetáculo começar, e o cenário que com poucos e significativos elementos conseguiu lindamente criar o ambiente desse universo tão esquecido e tão procurado das noites marginalizadas.
Texto Priscila Pimentel

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Capítulo 00:37

Geralmente não escrevo memórias minhas, sentimentos e reflexões pessoais, histórias fantásticas que sonhei noite passada ou que gostaria de ter sonhado. Só por hoje não quero ser o corvo do cortejo. Nos últimos dois meses construí palavras com blocos de gelo, inventei o alfabeto, trabalho próprio dos tolos, e quem sou eu?! Olha eu dando um voou rasante no papel.
- Ouve isso?!
- Não! O que é?!
- São batidas... Parece pulsação...
- Só ouço o vento.
- Imagine ele batendo nas suas paredes... Feche o olho... Vê?!
- Não!
...
- Sabe que queria morrer né?! Sair desse corpo, tirar umas férias desse plano só para poder entrar na casa de todo mundo e colher histórias de quatro paredes, reescrevê-las, dar a ênfase ao irônico e lírico. As moscas morrem de verdade, desaparecem com o lixo varrido pra varanda.
- Penso que você não voltaria... Sei que iria se acomodar nesse plano, de casa em casa, até fingir que esqueceu a primeira.
- E por que eu faria isso?
- Sua pulsação iria incomodar todas as casas, o mesmo ritmo sempre, e sempre.
- Um cortejo são várias casas, né?!
- Não sei... Você quer que seja? ... Não varra minhas penas para a varanda, guarde ao menos uma para por embaixo de seu travesseiro hoje a noite antes de sentar no chão para ler e imaginar o que gostaria de estar sonhando.


Texto Priscila Pimentel
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"SUJEIRA PRA TODO LADO"

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As labaredas não me fazem ter dúvidas, a Inquisição persiste. Talvez os mais apressados pensem ser esta uma defesa da rebolativa professora que subiu ao palco para dançar uma das mais recentes pérolas da música baiana, mas não o é.

O que para mim é tão revoltante, óbvio ululante em neons que piscam pela noite de breu, é que a incoerência, a parcialidade e as cegueiras do conhecimento (como diria Morin) continuem perenes História adentro.

Ícone da Educação, a atitude da professora não é condizente com a sua condição magnânima na sociedade, qual seja, educar, dar exemplos! Pena que o seu papel não seja tão importante quando se trata da sua remuneração, por exemplo.

A incapacidade humana de analisar o todo e não apenas as partes é absurda, quando não entendiante, como na mínima possibilidade de debater coisas deste tipo, no caso “a vergonhosa atitude da professora”, com aquela calcinha “toda enfiada”.

A cena é patética por si só.

O que me atrai deveras é entender por que diabos uma música como essa existe? O que me atrai mais ainda é entender por que diabos II esta música toca na rádio, dentro dos carros e casas, EDUCANDO, enquanto uma professora é punida por fazer o que todo mundo ouve impassível, ou mesmo aos requebros?

O que me atrai neste caso é compreender por que uma professora é demitida, enquanto Sarney “todo enfiado” na presidência do Senado não é retirado, por deixar “toda enfiada” a folha de pagamento da importante instituição do Legislativo, com seus parentes?

Enfim, talvez o fato de ser "fêmea" evoque a Eva primordial que toda mulher encerra, e mereça ser punida por fazer do seu glúteo a maçã que corrompe. Talvez, por ser professora, mereça ser punida para parecer que alguém se preocupa realmente com a Educação neste país.

A minha impotência se da aí, quando ao invés de colocarmos o todo em debate, sucumbimos aos sintomas de uma sociedade que insiste em se fazer pequena e alienada.

Bom seria se o problema do Brasil se resumisse a coreografias vulgares em cima dos palcos, mas a verdadeira e pior vulgaridade, que faz do nosso lindo país um dos mais desiguais do mundo, costuma acontecer entre quatro paredes, em escritórios e gabinetes de gente com trajes compostos, de corte fino e moral acima de qualquer suspeita.

Mas, entre quatro paredes pode.

Texto: Profa. Daiane Oliveira Graduada em História pela UNEB Professora da Rede Estadual e Particular de Ensino da Bahia




quarta-feira, 23 de setembro de 2009




Essas pinturas acima foram reproduzidas por mim com telas recicladas, todas óleo s/ tela, 30x30cm. Fotografia de Dana Rebouças.

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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Apesar de colocar o “comportamento” como objeto da Psicologia, o Behaviorismo foi, desde Watson, modificando o sentido desse termo. Hoje, não se entende comportamento como uma ação isolada de um sujeito, mas sim, como uma interação entre aquilo que o sujeito faz e o ambiente onde o seu “fazer” acontece. Portanto, o Behaviorismo dedica-se ao estudo das interações entre o indivíduo e o ambiente, entre as ações do indivíduo (suas respostas) e o ambiente (as estimulações).
(BOCK, Ana Mercês Bahia. Psicologia: uma introdução ao estudo de psicologia / Ana Mescês Bahia Bock, Odair Furtado, Maria de Lourdes Trassi Teixeira. – 13ª Ed. Reform. E ampl.- São Paulo: Saraiva, 2002. Cap. 3 – O Behaviorismo; p.45 – O Estudo do Comportamento.)

O comportamento do indivíduo é o resultado de toda uma sociedade ao redor, de seu ambiente familiar (religião, cultura, educação, saúde, política,...), essa concepção de ambiente proporciona a cada indivíduo uma concepção particular que gera o seu desenvolvimento humano como um ser plástico que agrega a si as condições necessárias, e a esses acertos agregados, essas experiências sensoriais, são definidas novas experiências, conhecimentos pessoais, conhecimentos derivados, a esse processo chamamos de empirismo, uma corrente filosófica que afirma a respeito dessas experiências do desenvolvimento humano um conhecimento controlado através de manipulação que fundamenta o indivíduo como um ser que busca inteiramente maximizar o seu prazer e minimizar sua dor, isso levando em consideração um segundo indivíduo que proporciona prazer e dor também, um exemplo de manipulação de um elemento presente no espaço, esse segundo indivíduo nesse estudo então é conhecido agora como um estímulo para o primeiro sujeito, o manipulador, a resposta a tudo isso é a reação. Importante registrar aqui a existência do chamado reforçamento, uma mudança nesse comportamento onde o sujeito é provocado por diversos estímulos, reações de suas próprias ações naquele ambiente onde vive ou pratica, consequências positivas que aumentam a sensação de prazer e estimulam o crescimento na freqüência dessa ação. Fica claro então que uma das características básicas para o desenvolvimento de um ser humano é a atenção reservada para o ambiente em que vive, entender como e porquê tais ações foram geradas, suas origens e o psicológicos de seus personagens pois a reação a ser gerada a partir daí, a atenção proporcionada, será uma aprendizagem , um estímulo ou não que reforçará ou punirá suas ações posteriores, seu comportamento futuro.
texto Priscila Pimentel

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIÁ-LA

Detalhe do monumento em homenagem a Independência da Bahia, praça do Campo Grande -Salvador-BA

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIÁ-LA
Detalhe do monumento em homenagem a Independência da Bahia, praça do Campo Grande -Salvador-BA

......................Fotos Priscila Pimentel
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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

refletindo sobre o texto...

Por que sacrificamos tanta energia à nossa arte? Não é para ensinar aos outros, mas para aprender com eles o que nossa existência, nosso organismo, nossa experiência pessoal e ainda não treinada tem para nos ensinar; para aprender a romper os limites que nos aprisionam e a libertar-nos das cadeias que nos puxam para trás, das mentiras sobre nós mesmos, que manufaturamos cotidianamente, para nós e para os outros; para as limitações causadas pela nossa ignorância e falta de coragem; em resumo, para encher o vazio em nós; para nos realizarmos. A arte não é um estado da alma (no sentido de algum momento extraordinário e imprevisível de inspiração). A arte é um amadurecimento, uma evolução, uma ascenção que nos torna capazes de emergir da escuridão para uma luz fantástica.
GROTOWSKI, Jersy. Em Busca de um Teatro Pobre. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. 1968, p.211.


A arte como profissão ou função social, como laser, como terapia, como atividade qualquer, a arte é um meio para se exercitar atividades neurológicas que criam conexões facilitadoras para raciocínio mais rápido e lógico, e causa tanto fascínio e admiração pelas inúmeras possibilidades de mover a criatividade para os quatro cantos da mente como um processo de pesquisa camuflado pelos impulsos das emoções produzidas. Dedicamos nossa energia a esta e a qualquer uma outra atividade escolhida com o coração e administrada pela mente, e não o contrário, o contrário talvez seria o de se permitir a inércia de sua existência como ser pensante e atuante, essa é a verdadeira prisão que se pode estar, é o total abandono de suas características como ser humano, contudo não cabe a nós desqualificarmos os demais campos do conhecimento pois cada ciência possui sua equação para se perceber o mundo e sua sociedade, os artistas, os filósofos e os místicos se diferenciam talvez pela rapidez com que tais informações são absorvidas. (texto Priscila Pimentel)
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

...reflexões bem particulares

Neste instante estou lendo um livro de Psicologia, logo mais estarei numa sala de aula fazendo uma prova e depois irei ao cinema. Enquanto isso, tenho sede e tomo um refrigerante na cantina da escola; sinto um sono irresistível e preciso de muita força de vontade para não dormir em plena aula; lembro-me de que havia prometido chegar cedo para o almoço. Todos esses acontecimentos denunciam que estamos vivos. Já a ciência é uma atividade eminentemente reflexiva. Ela procura compreender, elucidar e alterar esse cotidiano, a partir de seu estudo sistemático.
(BOCK, Ana Mercês Bahia. Psicologia: uma introdução ao estudo de psicologia / Ana Mescês Bahia Bock, Odair Furtado, Maria de Lourdes Trassi Teixeira. – 13ª Ed. Reform. E ampl.- São Paulo: Saraiva, 2002. Cap. 1, A Psicologia ou as psicologias; p.16 – O senso comum: conhecimento da realidade.)
A realidade é o instante oportuno para se relizar algo com maiores chances do seu resultado não sair totalmente como imaginamos, ou dar errado, somente o imaginário é perfeito e tende a nos remeter a boas lembranças e sensações de prazer e felicidade plena, conexões neurológicas mais viáveis para servirem de estímulos sempre em situações mais confortáveis, contudo a certeza da não totalidade do êxito nos leva a não aceitar a realidade por completo, o medo de errar gera frustração e acelera o processo da falha pois produz a tensão que bloqueia os estímulos do raciocínio lógico e rápido. O conhecimento da realidade é antes de tudo a aceitação como ser pensante e atuante a confiança em si próprio e nas atividades que serão assim realizadas pelo indivíduo a fim de passar algo adiante, pois no instante em que essa atividade é realizada, os estímulos produzidos devem servir de exercícios para nossa criatividade dando sempre ênfase as experiências positivas, gerando conexões mais intensas que possibilitam raciocínio mais rápido, coerente e positivista. (texto Priscila Pimentel)