*advertência **
Todos os textos e imagens deste blog são de autoria do seu proprietário, exceto aqueles cuja autoria esteja explicitamente indicada, e são protegidos pela lei de direitos autorais. A divulgação não comercial será tolerada, desde que citado o autor e a fonte.
Idêntico tratamento espero receber das pessoas físicas e jurídicas proprietárias de imagens ou textos utilizados neste blog, às quais, caso não concordem com o uso nestas condições, asseguro o direito de solicitar que sejam retirados.

terça-feira, 30 de setembro de 2008


Essa logo acima (CLIQUE PARA AMPLIAR A IMAGEM) foi criada por mim para representar o Coletivo de Diversidade Sexual da UJS – Camaçari, fundada em agosto de 2008. Esse desenho foi inspirado, obviamente, na bandeira da comunidade LGBTT representada por um arco-íris, e também pelos símbolos do feminino e masculino que, a partir deles, originou os símbolos sexuais do homossexuais e bissexual.

O círculo é o grande ciclo da vida, é o todo universal e o vazio na ciência exata, ele possui um significado bastante amplo e visualmente gera uma atenção maior. A divisão e organização dos símbolos sexuais pode ser interpretada como sendo crescente, uma evolução humana que surgiu da figura feminina heterossexual como grande geradora da vida, passando pelo lesbianismo, e então surge a figura masculina heterossexual no centro das atenções da sociedade, em seguida a sua figura como bissexual, depois vem o polissexual, e por fim em vermelho-luta vem o polissexual que se relaciona com outros polissexuais e sugerindo uma nova sexualidade que ainda está por ser “criada” pela sociedade a partir dessa linha vermelha saindo de si. As setas masculinas sempre representadas pela cor verde é a reafirmação da origem sexualmente masculina heterossexual “selvagem” do símbolo, assim como o traço azul que reafirma a origem sexualmente feminina heterossexual do símbolo na cor azul-espiritual, azul água, de onde surge toda a vida.

O nome OLGA, foi sugerido pelo próprio grupo em reunião, e significa: Orgulho Lésbico e Gay Amigo como mais um braço forte da UJS. A União da Juventude Socialista é uma organização revolucionária dos jovens brasileiros (estudantes, trabalhadores e desempregados, artistas, esportistas,...), que tem em comum a disposição e atitude apra mudar o Brasil.


Por Priscila Pimentel

domingo, 21 de setembro de 2008

Salvatte, desenho em carvão







Um dia, essa garota retratada na imagem acima, entrou numa determinada comunidade no orkut, viu minha foto entre os membros e resolveu entrar para ver quem era, muito gentilmente ela deixou um recado e ao responder, eu aproveitei para olhar as fotos dela pois a do seu avatar chamava a atenção por ser muito expressiva de tão serena. Dentre as várias fotos, tomei a liberdade de copiar 3 para posteriormente reproduzi-las em desenho. Esse estudo apresentado aqui foi realizado com carvão em canson A4. (CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ciclo de palestras no MAM sobre "Arte depois do Modernismo”


No último dia 10, o auditório do Museu de Arte Moderna da Bahia foi palco do ciclo de debates sobre “Arte depois do Modernismo”, entre os palestrantes estavam Alberto Tassinari e Taísa Palhares, ambos com um currículum interessante e trazendo um referencial diferente: um artista não muito comentado no cenário geral das artes visuais, Rodrigo Andrade; Contudo, ambas as apresentações ficaram a desejar, embora eles assinem um ensaio onde analisam a obra desse artista.

Tassinari, que acompanha a trajetória do artista, comentou a respeito de suas influências neo-expressionistas, sua participação no grupo Casa 7 e na Geração 80, que segundo ele foi um período de pessimismo da criação da arte, a partir daqui, citando as próprias palavras dele “a arte não é mais necessária, ela é possível!”. Esse é um ponto delicado pois gera bastante polêmica e deve ser cuidadosamente debatido pois toca em eixos de expressões como as performances, as instalações e as artes efêmeras, expressões “agressivas” para interpretações, expressões muito particulares em sua formação. O crítico ainda citou a respeito da morte do homem, que é a morte da filosofia, o autor não morreu, mas sim a sua obra que ganhou um maior espaço, a sua autoridade como criador foi enfraquecida diante da obra. Dando continuidade ao ciclo de debates, a curadora do MAM-São Paulo Taísa Palhares, deu continuidade as palavras de Tassinari e reforçou a apresentação se fixando no trabalho “Projeto Parede”, promovido pelo MAM – São Paulo (2000), onde Rodrigo Andrade realizou estudos onde ele comparou as possibilidades de dar uma dimensão ambiental à sua pintura intervindo temporariamente no corredor entre o saguão de entrada do museu e a sala principal de exposição com telas de dimensões consideráveis. Com uma abordagem desprovida de maiores argumentos, talvez enfraquecida pela ausência de conteúdos mais sucintos, Palhares elogiou bastante o artista, que não chegou a comover o auditório. Em resumo, a crítica analisou a desde a década de 60 que se falava da morte da pintura, e o Rodrigo Andrade surge para mostrar o contrário com o “Projeto Parede” à convite do MAM-SP, ele que é da geração de 80, um período com várias referências da pintura de massa como os quadrinhos. Além desses trabalhos apresentados nesse projeto, Palhares trouxe imagens de outros estudos em suportes curiosos como o papel crafiti onde Andrade reforça sua pesquisa referente à elementos isolados no espaço, a questão da cor, cores radiantes, um jogo entre abstrato e figuração.

Esse ciclo de debates sobre “Arte depois do Modernismo” ficou a desejar, e impressionou pela relevância dada à referências pouco embasadas. Ainda em seu trabalho “Paredes”, Andrade realizou interferências onde ele levou trabalhos para as paredes de um bar popular com a intenção de reafirmar o vai e vem da arte, criando uma relação profunda com o cotidiano, e essa arte se desfaz com o tempo absorvendo toda a gordura produzida no ambiente e pelas pessoas que são atraídas a tocarem na obra, esta que logo foi perdida, desgastada.

texto de Priscila Pimentel

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ensaio fotográfico





Essas fotos acima foram realizadas com máquina analógica profissional Canon na região do Canela em Salvador.


sábado, 13 de setembro de 2008

...inscrições para o XII ENEARTE, Belém-PA

A partir desse domingo, dia 14 de setembro, estarão abertas as inscrições para o XII ENEARTE (Encontro Nacional de Estudantes de Arte) na cidade de Belém-PA. Os interessados em participar do evento deverão entrar no site http://www.enearte.ufpa.br ler atentamente as informações, preencher a ficha de inscrição e efetuar o pagamento através de depósito no Banco do Brasil. Os valores de inscrição variam de acordo com o prazo e com as opções “participante” ou “oficineiro”, “alojamento com refeição” ou “alojamento sem refeição”,...etc.

O ENEARTE reúne estudantes e profissionais de todo o país, e se caracteriza por ser um evento muito festivo de troca de culturas que envolvem toda a capital sede em atividades como a “culturata”, uma caminhada realizada sempre no penúltimo dia do evento onde leva para o público externo tudo aquilo que foi debatido durante a semana, que além de muita arte, música, teatro e dança, também trata de temas como política e sociedade.


Priscila Pimentel

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Eu e algumas de minhas telas na Galeria Cañizares participando da exposição coletiva "Inquietações" realizada em Maio/2008.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

IV Ciclo de Debates sobre Políticas Culturais

No último dia 11, Salvador foi palco do IV Ciclo de Debates sobre Políticas Culturais. Realizado pelo Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT) e o Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PÓS-CULTURA), em parceria com o Conselho Estadual de Cultura (CEC) e a Associação de Professores Universitários da Bahia (APUB), o evento contou com cinco mesas-redondas temáticas: A cidade como fenômeno cultural na contemporaneidade; Cidade e patrimônios culturais; Políticas culturais para as cidades; Políticas urbanas e cultura; e Diversidade e culturas urbanas. Entre os convidados palestrantes estava Valdina Pinto (CEC), que comentou sobre a destruição dos patrimônios naturais, e a falta de incentivo e investimento, e principalmente interesse a pesquisa de levantamentos históricos para um bom planejamento urbanístico, e reforçou a questão da cidade como símbolo de tradições espirituais que não devem ser mexidas sem o devido respeito; No terceiro dia de debates, Paulo Ormindo (IAB-CEC) tocou em assuntos polêmicos como a questão do metrô, do Aeroclube, a Praça da Sé e o Terreiro de Jesus; Na quarta mesa-redonda, Paulo Henrique Almeida (SECULT) falou sobre Salvador ser uma cidade sem políticas econômicas próprias, e que precisa exportar cultura (sair do artesanato cultural e partir para a Cultura criativa); Na última noite do evento, Eneida Leal Cunha (UFBA) citou o Racismo e a Homofobia como problemas de cultura e que devem sim fazer parte do sistema de Políticas Culturais, em seguida o público assistiu a uma emocionante defesa de idéias da literatura como cultura inexistente na Bahia, segundo Ruy Espinheira “...o brasileiro está acostumado com o auto-desprezo, a auto-humilhação,... A globalização da mediocridade!”, o mesmo ainda afirmou que “ A cultura é uma necessidade humana, e não uma meracidade acrescentada à natureza humana.”. A mediadora dessa mesa foi Ana Célia (UNEB-CEC).


Texto de Priscila Pimentel

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

A Superintendência Especial de Políticas para as Mulheres em parceria com a UNEB, realizou no dia 29 de agosto o Seminário Sexismo, Racismo e Lesbofobia, uma reflexão sobre o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, o local foi o Auditório do Poder Legislativo em Salvador. Entre as 4 palestrantes, estava Negra Cris que foi bastante feliz em suas abordagens à imagem da mulher, uma figura acostumada com a subserviência e que erroneamente leva a sociedade a uma transgressão sexista, racista e lesbofóbica. A convidada citou o último SENALE (Seminário Nacional de Lésbicas) ocorrido em Recife, e a 1ª Conferência Nacional LGBT que entre os dias 5 e 8 de junho deste ano discutiu políticas públicas para gays, lésbicas, travestis e transgêneros num evento único que, entre as quase 600 propostas aprovadas, definiu importantes pontos como a criação do Plano Nacional de Políticas Públicas para LGBT; de um Conselho Nacional LGBT e da Subsecretaria LGBT dentro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. A mestra em Educação falou sobre o conceito de família que está ultrapassado e que hoje não abriga os casais gays em programas como o Bolsa Família e outros como os de saúde que além desse problema trás consigo profissionais da área médica despreparados para lidar com mulheres que se relacionam sexualmente com outras mulheres, e que nem ao menos garante gratuitamente serviços médicos como a Mamografia, sendo que o câncer de mama é uma das doenças que mais matam mulheres no Brasil, lembrando que recentemente o governo federal aprovou o direito para os travestis realizarem a cirurgia de mudança de sexo gratuita pelo SUS.

Na década de 70 começaram a surgir os primeiros grupos feministas, e em 90 eles começaram a ganhar força, hoje acreditamos que o resultado dessa militância lembrada no calendário nacional como o dia 29 de agosto deve ser agora e não somente para o futuro, nós mulheres queremos o direito de exercermos a nossa cidadania plena, não apenas o direito de poder trocar carícias com a nossa companheira em locais públicos, mas também o direito de ter acesso a saúde, educação, trabalho,... A falta de apoio integral é uma realidade dura e deve ser combatida todos os dias, a falta de suporte integral às vítimas de violência física e psicológica que muitas vezes chegam a morrer, casos onde as agressoras são as próprias companheiras, casos de violência doméstica que nem chegam a fazerem parte das estatísticas divulgadas.


Texto de Priscila Pimentel
artista plástica e militante