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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

A Superintendência Especial de Políticas para as Mulheres em parceria com a UNEB, realizou no dia 29 de agosto o Seminário Sexismo, Racismo e Lesbofobia, uma reflexão sobre o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, o local foi o Auditório do Poder Legislativo em Salvador. Entre as 4 palestrantes, estava Negra Cris que foi bastante feliz em suas abordagens à imagem da mulher, uma figura acostumada com a subserviência e que erroneamente leva a sociedade a uma transgressão sexista, racista e lesbofóbica. A convidada citou o último SENALE (Seminário Nacional de Lésbicas) ocorrido em Recife, e a 1ª Conferência Nacional LGBT que entre os dias 5 e 8 de junho deste ano discutiu políticas públicas para gays, lésbicas, travestis e transgêneros num evento único que, entre as quase 600 propostas aprovadas, definiu importantes pontos como a criação do Plano Nacional de Políticas Públicas para LGBT; de um Conselho Nacional LGBT e da Subsecretaria LGBT dentro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. A mestra em Educação falou sobre o conceito de família que está ultrapassado e que hoje não abriga os casais gays em programas como o Bolsa Família e outros como os de saúde que além desse problema trás consigo profissionais da área médica despreparados para lidar com mulheres que se relacionam sexualmente com outras mulheres, e que nem ao menos garante gratuitamente serviços médicos como a Mamografia, sendo que o câncer de mama é uma das doenças que mais matam mulheres no Brasil, lembrando que recentemente o governo federal aprovou o direito para os travestis realizarem a cirurgia de mudança de sexo gratuita pelo SUS.

Na década de 70 começaram a surgir os primeiros grupos feministas, e em 90 eles começaram a ganhar força, hoje acreditamos que o resultado dessa militância lembrada no calendário nacional como o dia 29 de agosto deve ser agora e não somente para o futuro, nós mulheres queremos o direito de exercermos a nossa cidadania plena, não apenas o direito de poder trocar carícias com a nossa companheira em locais públicos, mas também o direito de ter acesso a saúde, educação, trabalho,... A falta de apoio integral é uma realidade dura e deve ser combatida todos os dias, a falta de suporte integral às vítimas de violência física e psicológica que muitas vezes chegam a morrer, casos onde as agressoras são as próprias companheiras, casos de violência doméstica que nem chegam a fazerem parte das estatísticas divulgadas.


Texto de Priscila Pimentel
artista plástica e militante

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