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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Fichamento*

IV Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade ISSN 1982-3657



SOBRE IMPORTÂNCIAS: SABOREANDO MATERIALIDADES NO PROCESSO DE CRIAÇÃO CÊNICA


O processo criativo relatado nessa pesquisa foca a importância da utilização dos objetos cênicos como incentivo para a concretização da atividade lúdico pedagógica do fazer teatral, não somente como elemento cênico mas principalmente como instrumento condutor da ação criativa do aluno participante atuante e plateia.

A materialidade presente numa atividade teatral de arte educação possui uma identidade múltipla em se tratando da realidade existente na grande maioria das instituições de ensino que adotam o teatro como disciplina curricular e que não possuem uma estrutura adequada que possibilite o aluno que experimentar suas possibilidades corporais e vocais, e isso se agrava quando as turmas são superlotadas e com faixa etária heterogêneas.

O texto aqui apresentado aborda o processo criativo dependente em sua totalidade da realidade vivida e assistida por todos os participantes, uma realidade que possui formas, volumes, cheiros, texturas, cores, pesos, tamanhos, memórias próprias e vontades para novas histórias, novas memórias construídas e imaginadas. Pensar e utilizar um elemento extraído da realidade ajuda a concentrar a turma e conduzir com mais preciosismo a estória a ser encenada. Essa riqueza de elementos acumulados de todos os participantes dá credibilidade e clareza à ação.

O professor de teatro deve salientar a transformação educacional a partir da qualidade da materialidade dentro da prática criativa, redimensionando o espaço como um lugar social e pertencente ao laço afetivo que muitas vezes é passado despercebido pelo aluno que respira aquele ambiente alheio de sua atenção.

As palavras-chave destacadas nesse texto salientam a materialidade, o processo criativo e o ensino de teatro descrevendo um jogo que utiliza uma lona para instaurar uma nova atmosfera que trás o aluno para dentro desse ambiente inusitado e livre, diferente e acolhedor, aberto para o experienciar de improvisações que utilizam imagens, músicas, tecidos, instrumentos e registro fílmico, lembrando sempre que todo professor deve planejar suas atividades para as aulas, entretanto deve sempre exercitar o improviso através das reações dos próprios alunos diante desse universo novo e surpreendente cabendo ao professor somente o apreso pelo equilíbrio na inserção de convenções teatrais.

A linguagem teatral deve ser objetiva e ter seu desenvolvimento crescente e ramificado diante da singularidade dos alunos, a experiência teatral deve também desconstruir a função real dos objetos e dar novo sentido e função, mudar o significado original e permitir que a cena caminhe por um novo viés passando por estudos do processo de Vygotsky, um percurso criador e espontâneo num espaço cênico inusitado repleto de memórias particulares que juntas se potencializam e geram o novo, como defende Fayga Ostrower. A essência que cria deve ser generosa, não possuir hierarquia nem roteiro, ela deve manter o sentido e o respeito pela atividade cênica sempre viabilizando o corpo e a mente para o imaginário do atuante e do grupo.




Fichamento feito por Priscila Pimentel para o PIBIC 2011.2 -


Escola de Teatro da UFBA

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